Cá estamos colegas, com mais um episódio da série que te faz lembrar daqueles filmes horrorosos que estragaram suas sagas favoritas. A maldição do terceiro filme hoje traz o encerramento de uma das franquias mais revolucionárias da história do cinema: Matrix Revolutions.
Em 1999, os irmãos Andy e Larry (que posteriormente viraria Lana)Wachowski trouxeram ao mundo um filme que renderia a eles uma legião de fãs, críticas incríveis e muito dinheiro no banco.
Quatro anos depois, sairiam suas aguardadíssimas sequências, em um intervalo de seis meses.
Os filmes Matrix Reloaded eMatrix Revolutions foram rodados simultaneamente, em duzentos dias, e demoraram quatro anos para serem finalizados.
O segundo capítulo já nos deu um mal pressentimento, talvez a superexposição foi uma das responsáveis por frustrar a grande maioria dos espectadores que esperavam ver mais coisas incríveis e revolucionárias. O filme acabou sendo um grande disparate de filosofias baratas e bastante kung-fu. Mesmo assim Matrix Reloaded foi debatido por muito tempo.
O princípio desse quadro veio com força em “Matrix Revolutions”, o filme original é ótimo, o segundo é meia boca, e o terceiro é uma clara tentativa de arrecadar mais alguns vinténs.
Mas temos aqui outro daqueles casos em que, se fosse um filme de ação descompromissado ele seria muito bem aceito, mas como se tratava do desfecho do que hoje já é tido como um clássico da ficção científica, ele é decepcionante. A filosofia que foi muito elogiada no primeiro filme, diminuiu no segundo, e praticamente sumiu nesse terceiro. A frase mais cabeça desta investida é “todo começo tem um fim”.
Nesse episódio, os Irmãos Wachowski demonstraram uma certa covardia quando deixaram de surpreender e foram pro lado mais seguro, faltou inovação, como se eles fossem iniciantes deixaram de lado as experimentações e optaram por soluções convencionais, já vistas centenas de vezes no cinema.
Matrix Revolutions começa exatamente do ponto em que parouMatrix Reloaded. Neo está em coma, depois de destruir sentinelas no mundo real. Trinity (Carrie-Anne Moss) e Morpheus (Laurence Fishburne) decidem entrar pela última vez na Matrix para encontrar a Oráculo (Mary Alice) e tentar salvar o escolhido.
Eles acabam descobrindo que Merovingio (Lambert Wilson) está por trás do estado de Neo. A batalha nos dois fronts é inevitável, e mesmo o vencedor pode perder tudo, já que o vírus Smith atingiu proporções gigantescas e só tem um desejo: o fim de todas as formas de existência.
Outro erro dos Irmãos Wachowski foi se prender ás referências apenas do segundo filme, que não tinha deixado uma lembrança muito legal na gente. Muitos coadjuvantes em cena e pouca atenção aos protagonistas.
É claro que tivemos pontos positivos, o duelo entre Neo (Keanu Reeves) e o Agente Smith (Hugo Weaving) foi sensacional. Os peitos da Monica Bellucci também. Outro destaque foi Carrie-Anne Moss, que roubou o filme pra si, o que não é muito difícil se lembrarmos que o protagonista é Keanu Reeves.
Foi então que a trilogia chegou ao fim e nós temos que ser sinceros: o primeiro “Matrix” foi uma surpresa incrível e virou cult da noite para o dia. Uma outra lembrança boa do primeiro filme é que foi uma das últimas vezes que fomos ao cinema sem ter ideia do que nos aguardava. A safra de 2003 serviu apenas para manter a fama da franquia e abastecer os fan-boys do original, que colecionam coisas e até hoje discutem sobre cada cena e acham inspirações filosóficas em cada frase. Espero que os fan-boys não me xinguem muito, mas não ser um me permite rever com carinho o primeiro filme e fingir que a trilogia acabou ali em 1999, pra mim é mais do que suficiente.
Espero que vocês tenham gostado do post, deixem aí nos comentários dicas para o próximo episódio da maldição do terceiro filme, elogios, críticas e qualquer outra coisa que vocês tenham a dizer.
VIA: fokanavida